Ministério da Educação

Dicas-L: Educação e Tecnologia

segunda-feira, 2 de março de 2009

Memória - exercício para o humanísmo

Nasci em Porto Alegre no ano de 1976, era um dia 9 de maio, dia da mães. Porto Alegre é a capital do Rio Grande do Sul, também já morei em Brasília/DF(distritro federal) por 5 anos, nesse período era criança, então minhas lembranças da infância por muito se relacionam com a cidade, retornado para Porto Alegre depois, resolvi ir para Passo Fundo, interior do Estado, a 4 horas de Porto Alegre, em Passo Fundo fiquei por 9 anos, me formei em Pedagogia na Universidade que leva o nome da cidade, e trabalhava na mesma universidade no setor de TI, o que me ajudou financeiramento a concluir o curso em uma instituição privada. E hoje com 32 anos moro em João Pessoa, capital da Paraíba.
Minha infância foi meio conturbada psicologicamente falando, devido a anóxia que ocorreu no meu parto, tive muita sorte de ficar apenas com lesão no local do cérebro que comanda a coordenação motora(que ironia), que durante a infância e pouco da adolecência precisei de muita intervenção fonoaudiologa e fisioterapéutica, vindo a me encomodar com a excessivas visita a estes lugares, hoje entendo de tamanha validade para a minha evolução esse período que vivi, por relatos eu era bem deficiênte na fala e nos movimentos antes dos tratamentos. Mas hoje vejo que tendo âmparo biológico, na fisio e fono, foi muito bom, mais talvez tenha faltado muito o âmparo psicológico. Esse problema que tenho, brando, mas tenho, foi muito dolorido no período que frequentei o colégio, me sentia muito mal perante as outras crianças, sempre sofri calado por essa exclusão que ocorria, minha mãe ao início das aulas, sempre que trocavam-se os professore ela conversava com a docente sobre mim, sempre tive muito apoio da minha mãe, ela é foi é um anjo, me ajudava a ter o conteúdo das aulas, copiando em meu caderno a máteria tirada dos outro, tenho vivo na memóia ela sentada na cama, o meu caderno em baixo da lâmpada de cabeçeira, apoiado na mesinha do lado da cama, e um caderno de um colega meu no seu colo, minha mãe foi minha melhor ajuda, companheira durante a vida letiva, mas podia ter o apoia dela, das professoras, mas sofria com a exclusão dos outros alunos, claro que existia os amigos, me lembro de um amigo com convivi no Anne Frank, durante o ensino fundamental, pô, não me lembro o nome, mais me lembro do valor que ele tinha para mim, quando ele se ausêntava no dia, eu ficava meio perdido, me sentia um estranho no domínio do colégio. Meu pai, dele não tenho lembranças desse tempo, apenas curtas conversas e várias pancadas que levei. Minha mãe, não vou dizer que não tenha me "domesticado" as vezes na pancada, mas tenha tantas lembranças boas dela que quase nem me lembro do seu chinelo fino de couro marrom. Sou o irmão do meio, o mais velho tinha uma relação comigo normal de irmãos, mas em determinada época ele se distanciou de mim, acho que tinha vergonha dessas minhas limitações, acho q ele começou a se distanciar quando começou a ter amigos, isso também me machucava muito por dentro, o fato da distância de um amigo, de um irmão, até hoje ele é apático comigo. O mais novo sempre foi e é meu amigo, meu irmão. Daí com esse isolamento social que sentia, eu era criança, como uma criança vai pensar "não, eu que tenho procurar mais as pessoa", ainda mas o ego já estando sofrido por conta da contínua exclusão na escola, através do pai eu conheci a informática, ele nessa época trabalhava no CPD da UFRGS, lá via e tinha contato com computadores, nada do que tem hoje, e aquillo me maravilhou de tal forma que via muito mais nessa ciência do que meros 1 e 0. Vi ali um jeito de me sentir mais eu, de conversar com alguém sem me sentir "diferente", mesmo sendo esse alguém um objeto inanimado, uma máquina. Tive MSX, Expert DDX, Hotbit, ficava horas conversando com o meu amigo, escrevia(copiava) programas que nem me lembro a línguagem, acho que um primitivo. E o melhor, também conhecia pessoas que gostavam de computadores, mais tudo uma relação formal, em cursos, mini-cursos, e veio o PC, o Modem, daí o universo realmente abriu, sobre tudo o de amizades, veio o tempo da BBS, digo que foram meus tempos de ouro tanto no conhecimento e nas amizades, começei ouvir música, ouvia muito titãs e iron maidem. já tinha 16, daí conheci um inimigo, que achava ser meu amigo, as drogas, em especial a maconha, sempre menti que tenha experimentado outras drogas, já cherei cocaína, tomei LSD, chá de dama-da-noite e de cogumelo, mais a maconha e o álccol era bem mais usada, com grande frequencia, hoje penso que uma pessoa "realmente" viciada seja aquela que deixa de comprir seus compromissos, independente do grau de importância, para ficar se drogando, ou pensando em muitas maneiras de se conseguir as drogas. E esse era o meu comportamento padrão no período como usuário de drogas. Como causei desconforto pros meus pais, quase fui fichado na polícia, menti, robei, meus estudos foram para o último lugar na "fila" de prioridades, essa merda me acompanhou até 20/12/2008, que resolvi parar pela segunda vez, desta fez procurei apoio, estou no NA, quero me tornar mais humano, quero ter mais presente em minha vida o pensamento divino, do espiritismo, da religião. Não tenho mais medo de expor minha vida, a mentira é imoral diz Kant, a verdade pode ser ruim ou boa, mais tem que ser intríseca ao comportamento do homem, estou a 3 meses limpo é vou conseguir ficar bem mais, porquê Deus conceda-me a serenidade para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar aquelas que eu posso e sabedoria para reconhecer a diferença só por hoje. Antes de tentar a vida aqui na Paraíba, resolvi pela qualidade de vida, não gosto de inverno, passear no inverno é uma coisa, mais trabalhar, puxa, acordar as 06 da manhã com frio, tomar banho em chuveiro pinga-pinga no frio, durante o fim de semana, era vida de urso, ia ibernar em casa, não estava satisfeito com isso, resolvi tentar aqui no nordeste, compreendo que pode ou não dar certo, mais quero tentar. Nos últimos 4 anos tive a minha primeira experiência dia-a-dia com alguém, eu confiava, gostava dela, via a vida com ela, mas descobri que a traíção não se da só no âmbito sexual, ela me mentia fatos, e a mentira é algo que não vejo em um relacionamento duradouro, e ela não me mentiu uma vez, foram várias, decidi acabar com a relação, ainda converso com ela, acho, penso que você deve respeito indiferente do que houve, eu sou assim, não digo que isso é o certo ou errado, isso tudo me machucou de mais. Depois de algum tempo na Paraíba decidi voltar pro sul, o grande motivo do meu retorno foi o calor intenso que estava me deixando com enxaquecas frequentes, que ironia. Mais também teve outros motivos para a minha volta, como o de me "redimir" com as pessoas que causei mal, e na verdade também percebi que não era somente a minha namorada que fazia coisas erradas e deveria ser titulada por isso, eu por muito tempo oprimi talvez seus desejos pelo fato de viver nesse mundo das drogas, ela não concordava com esse meu comportamento, mais acho que tinha algo mais forte que mantia ela ao meu lado. Por tudo isso resolvi dar outra oportunidade para nos dois. E hoje estou morando com ela em Sapucaia do Sul. Também tem outros motivos que vim para cá. Minha relação após esse periódo traumático com meus pais e bom, mais me encomoda um pouco o fato de eles não compreenderem que tinha todos aqueles comportamentos erróneos pelo fato de sempre estar pensando em como e quando me drogar, com isso deixando de fazer as coisas certas. Digo que sempre havia um "diabinho" me levando pro caminho errado e fazendo com que não ouvisse os outros, independente de estar sobre o efeito de drogas ou não. As pessoas acordam pensando em tomar café, os drogados acordam pensando em se drogar. Mas eu compreendo esses comportamentos deles.

Literaturas de 2009

- Valdir Carasco, Anjo de quatro patas

Histórico do autor no seu aspecto cachorreiro, e sobre tudo o relato de vide de Uno, seu campanheiro incondicional. Texto por vezes dramático para que gosta de animais. A história é muito bonita e cativante, agrada quem gosta do tema.

- Terri Irwin, O Caçador de Crocodilos

Terri a esposa de Steve Irwin, conta sua história fantástica de vida, ele como um apaixonado pela vida selvagem, sobre tudo por crocodilos. Steve faz vários documentários sobre os animais que ele adora tanto, por vezes essa mistura de atividades profissionais se confunde com sua paixão pelos animais de todas as espécies. Também o livro ensina muito sobre a vida selvagem.

- David Sheff, Querido Menino

A história de uma família, com tudo do pai, vivendo/convivendo com o vício do filho por drogas, relato verídico, emocionante, e sincero do trajeto percorrido com a presença de substâncias ilícitas em relações diversas.